quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

2015


Hoje chegamos a última pagina do livro mais
Importante lido esse ano, 
Página 365 do livro com o título 2015....
 Espero que a leitura tenha sido proveitosa e 
Agradável para todos.

                  Sei que esse livro não foi fácil para muitos.    
      Tiveram capítulos difíceis, 
Capitulos alegres, 
Capitulos tristes e
 Vários capítulos para reflexão. 

Viramos todas as páginas,
Passamos por todos os capítulos, 
Terminamos o livro juntos e 
Começaremos mais um livro importante juntos.
O livro com o título 2016.

Obrigada a todos pela amizade de sempre, 
Carinho, atenção  
Que venha 2016, 
Estamos preparadas......

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Entre chás e cafés: A menina que não sabia ler


Projeto realizado juntamente com a Nina, ela fez um post tão completo que escrever novamente aqui no blog seria quase um plágio, então decidi postar o post dela aqui.
Esse texto foi originalmente postado no blog Psicose da Nina no dia 22/12/2015. 
No início do mês, eu e a Vivian Yokoo tivemos uma brilhante idéia sobre lermos juntas um livro. Mas tínhamos um grande obstáculo, a distância. São quilômetros e mais quilômetros de distância entre o Rio de Janeiro e Ourinhos. É claro que a tecnologia é uma forte aliada nessas horas. Pegamos um livro em comum que queríamos ler e fizemos algumas chamadas no Skype, o resultado foi quase 300 páginas lidas praticamente juntas. 


Eu não sei se vamos voltar algum dia a fazer essa experiência de leitura conjunta, onde líamos alguns capítulos em voz alta no Skype e alguns outros combinávamos de ler sozinhas. Afinal, não é um sistema muito prático e é muito difícil conciliar horários e vontade de ler. Mas uma coisa é certa, se não fosse isso, esse mês eu não teria lido nenhum livro.

Eu estou com um bloqueio de leitura muito forte! Devo ter uns quatro livros iniciados que não consigo terminar. Queria muito fazer isso antes que o ano acabasse, sabe, ficar sem pendências. 

Bem, vamos ao que interessa...


Há muito anos, eu li o livro "A menina que não sabia ler" do John Harding, publicado aqui no Brasil pela editora Leya. Fiquei apaixonada pela escrita "gótica" dele que prende o leitor em um suspense de dar arrepios.

A história acontece no século XVIII ou XIX (não lembro) e é narrada por uma menina que é proibida de ler por seu tio e tutor. Ela mora numa mansão praticamente assombrada, apenas na companhia de seu irmão mais novo, os empregados e frequentemente por um amigo das redondezas. Florence te deixará muito intrigado com suas desconfianças em relação as suas preceptoras.

Nunca imaginei que pudesse existir alguma continuação desse livro. Sinceramente, fiquei até curiosa, mas foi aquele sentimento natural que você tem quando termina um livro e fica pensando o que será que aconteceu com o personagem.

Muito tempo depois, dois ou três anos, não sei, eu estava na Saraiva e vi "A menina que não sabia ler vol. 2" e fiquei chocada. Eu realmente tinha gostado do livro um, mas quando li a sinopse do 2 me pareceu ser uma história completamente diferente. 

Eis que comprei o livro há uns meses e descobri que a Vivian Yokoo, do blog Dia de Chuva, também estava interessada em ler. Tentamos relembrar algumas coisas juntas sobre o primeiro livro e logo em seguida lemos cinco capítulos juntas no Skype. Só paramos porque já estava ficando muito tarde. Mas acho que acabamos a leitura em 4 dias.

O segundo livro... (pensando em uma maneira de não dar Spoiler para quem não leu o primeiro), de fato, tem uma ligação com o primeiro. Mas achei muito, como posso dizer, desnecessária?

No volume 2, temos a história John Shepherd, um recém-formado em psiquiatria que vai trabalhar num sanatório que fica isolado em uma ilha. Seguindo o seu estilo de escrita "gótico", o autor, que é um forte fã de Edgar Allan Poe, faz uma ambientação do sanatório bem pesada.

Os métodos usados para tratamentos são aqueles absurdos que sempre ouvimos falar e que hoje sabemos que não passam de maus-tratos. John Shepherd, no entanto, acredita em tratamento mais humanizado. Ele tentará provar para o diretor do lugar a eficiência do tratamento moral através de uma paciente que ele passa a ser responsável. No entanto, logo descobrimos que Shepherd esconde vários segredos. 

Quando você lê a sinopse no site da editora Leya dá vontade de morrer, principalmente depois que você lê o livro:
"(...) a pequena Florence viverá uma nova e misteriosa aventura onde nada é realmente o que aparenta ser e todos podem se tornar inimigos em potencial." (Site da Editora Leya)
Você subentende que história é da Florence, assim como foi no primeiro livro. Mas não meu amigo, ela de fato está na história, mas nem de longe a história é sobre ela. O autor faz algumas referências bem breves do primeiro livro, mas a história em si, gira em torno do Shepherd. 

Conversando com a Vivian, cheguei a conclusão de que se trata de um "erro de tradução" do título. O primeiro livro tem como título original "Florence and Giles" (a menina e o irmão) e apenas o segundo livro que tem esse título "The girl who couldn't read".

Apesar ter me parecido uma tradução mais correta, eu ainda acho que o "couldn't" deveria ter sido traduzido literalmente para "não podia", ao invés de "não sabia". Sei que pode não soar tão sonoro ou comercial, mas ainda assim acho mais correspondente com a história. E o fato deles terem usado o mesmo título para o volume 1, dá uma confundida quando eles simplesmente lançam um volume 2 que não tem praticamente nada a ver com a primeira história. Não existe propriamente uma continuidade entre os dois livros. 

Outro grande erro, na minha opinião, cometido pela editora foram as capas. Meu Deus! Elas não tem nada a ver com a história, nada. Sem ofensa aos estagiários, mas parece coisa de estagiário. Eu que não entendo quase nada de mercado editorial, é nítido o erro que eles cometeram. Quando você olha as duas capas - claras, "felizes" e passando uma sensação de paz - você nunca iria imaginar que se trata de um suspense gótico.

Por Deus, é praticamente a mesma coisa que você pegar O Corvo e colocar uma foto de Faísca e Fumaça como capa. Muito leitor que comprou pela capa, achando que pudesse se tratar de um drama de superação, deve ter ficado decepcionado e provavelmente serviu de lição para o resto da vida.

Não me entenda mal. As histórias são realmente boas e teria mais sentido se a editora tivesse tido um pouco mais de carinho na preparação da versão brasileira. Eu recomendo que vocês leiam, mas fiquem avisados que não se trata realmente de um volume 1 e 2, mas de duas histórias do mesmo universo. 

Vou tentar "padronizar" minhas resenhas e vou criar aquela parada de "estrelinhas", mas aqui no Psicose, em homenagem ao Sir Hitchcock, serão faquinhas. 

A menina que não sabia ler, vol. 1


HISTÓRIA
(3/5)


CAPA/EDITORAÇÃO
(1/5)


A menina que não sabia ler, vol. 2


HISTÓRIA
(2/5)


CAPA/EDITORAÇÃO
(0/5)
A

Notas de fim de ano

Notas de fim de ano
Postado por Drika

O ano termina e parece fim de expediente, todo o desgaste físico, mental, emocional, parecem não fazer mais sentido algum quando acaba o dia de trabalho.

 No Japão, costumamos dizer otsukaresama deshita, tipo que realmente foi cansativo, para todos, e esse mesmo sentimento ocorre metaforicamente no fim de ano. 

Quando o ano começa, você zera tudo, planeja tudo, faz metas novas, e começa escrever mais um ano da sua vida... Há horas em que você joga a caneta, rasga a página, desenha corações com seu nome junto de alguém, você briga, separa, volta, pede desculpa, perdoa, e nesse sobe e desce da vida, as horas vão passando e os dias e meses prosseguindo ao seu destino. 

Perdemos pessoas pelo caminho, alguns apenas deixam de fazer parte da sua vida, outros o sopro de vida lhe é tirado, e resta a esperança de reencontrar um dia, ficando um breve até logo...

 Você chora, você RI, você sussurra palavras de amor, e grita palavras de raiva ou desespero, piores são aqueles dias em que a vontade de fazer nada é maior que tudo, e no final você percebe o tempo que perdeu, talvez porque você queria algo que não era seu, o emprego, o amigo, a promoção daquela roupa que você queria, sabe aquele dia que nem escrever você quer, resolve então se presentear, aí descobre que ou está sem dinheiro ou a roupa não te serve, assim são as pessoas, algumas não servem para você, e outras te completam, te dão alegria e ânimo!

 Ânimo, é aquilo que você começa a perder conforme vai chegando o fim do expediente, mas ao olhar as horas e ver que falta pouco, a bateria se recarrega automaticamente, você planeja onde vai, o que vai comer, com quem vai, se todos os dias fossem sábados seria bom, ou seria chato demais... 

Você carregou o mundo, não, você carregou o seu mundo nas costas e agora falta pouco, bem pouco, e tirar da balança o que foi ruim, as tristezas, tudo, tudo passou! E deixar pesar só o que foi bom, deixe o passado em seu devido lugar, no esquecimento, leve consigo apenas o que aprendeu, por que você pode errar milhares de vezes, apagar do seu livro tudo que passou, mas não pode deixar de aprender e pode ter certeza que não é o passar dos anos e a idade que Te ensina e sim cada segundo que você viveu, cada prova da vida que você sobreviveu. 

Agora é aquela hora de respirar fundo e dizer, cheguei até aqui, eu venci! 

Escreva as últimas linhas desse livro do ano e se prepare que você irá passar para um novo nível desse jogo chamado vida, pode ser que seja nível principiante para alguns ou nível extra hard para outros, mas sabe o que aconteceu com o tempo que passou? 

Você pode jogar online e pegar dicas de quem está jogando com você, de quem já passou desse nível, você está conectado com o mundo, amigos e família! OTSUKARESAMA DESHITA pra você que não desistiu! E se você que estiver lendo desistiu, esquece o que passou, e recomeçar, é a dádiva de um novo dia, maior ainda, a dádiva de um novo ano! 

Feliz Ano novo adiantado para todos vocês, que me apoiaram, me amaram, me ensinaram, me suportaram e sobretudo que leu até aqui! 

Sua paciência comigo é impressionante! Te amo! 
E 2016 estamos juntos! #2016

 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Livro do dia: A Noiva Fantasma

A NOIVA FANTASMA

 

 O livro conta a história de Li Lan, uma mocinha com seus 17 anos.
Sua família costumava ser bastante rica, mas nos últimos anos tinham decaído e agora estavam no limiar da classe média. Sua mãe falecera de varíola, uma doença que estava sendo impiedosa levando uma grande maioria da população a óbito. Após o falecimento, o pai se viu sozinho para criar sua filha, os empregados se foram, sobrando apenas o Velho Wong um faz tudo na casa, a criada Ah Chung e Amah, uma governanta que trabalhava na casa desde a época de sua mãe.

 Até que um dia, seu pai a surpreende dizendo que a família Lim, a família mais rica da cidade, Malaca, havia proposto que Li Lan fosse uma "Noiva fantasma."

Antigamente, na China, era muito comum os acordos de casamento entre os filhos de duas famílias amigas, para manterem os nomes e as classes sociais. Por mais que algumas famílias não gostassem muito desse tipo de acordo, algumas vezes era muito difícil fugir dele, principalmente quando o assunto relacionava dinheiro e dívidas.

Essa tradição de casar alguém com um fantasma, geralmente é feita para tranquilizar espíritos. Na maioria das vezes, esse tipo de casamento é feito entre duas pessoas refém-falecidas, para que se crie um laço entre os familiares. Existem também casos em que o conjugue do fantasma é uma pessoa viva. Esse tipo de arranjo serve para que seja concedido o status de esposa a uma amante ou concubina que tenha gerado um herdeiro. No caso de Li Lan, o casamento se daria para abater dividas que seu pai fez com a família Lim.

 No caso de um casamento fantasma, existe uma cerimônia magnífica, muitos presentes, joias, uma condução que irá a casa da noiva acompanhada  por músicos, para buscá-la, a diferença é que a noiva será acompanhada por um galo, mas na cerimônia de verdade a noiva deverá fazer os brindes nupciais com a placa memorial na frente do altar.

 Após a proposta, a família Lim convida para um jantar em sua residência Li Lan e seu pai, e durante esse jantar ela conhece um rapaz que pode fazer tudo mudar, esse rapaz é Tian Bai, primo de Tian Ching, o noivo fantasma.
Li Lan se sente dividida entre se casar com o fantasma Tian Ching para quitar as dívidas de seu pai, ou conhecer melhor esse rapaz, Tian Bai que tem feito seus pensamentos tomarem outro rumo
.
Enfrentando situações jamais imaginadas que misturam os vivos e os mortos, fantasmas, demônios, dragões e dimensões paralelas, Li Lan tem que ter forças para decidir e mudar sua sorte, antes que os fantasmas aproveitadores façam com que ela não consiga mais decidir seu próprio futuro.
A capa do livro é linda! Capa dura super caprichada.
O livro é dividido em 4 partes.
No final do livro um gracioso presente, algumas belíssimas folhas para serem destacadas e o passo a passo de como fazer o origami do Tsuru. Diz a lenda que aquele que fizer mil Tsuru usando a técnica do origami com o pensamento voltado para um desejo, os Deuses poderiam realiza-lo. 





 "Se eu soubesse quão fácil é perder a vida, teria tomado mais cuidado com a minha."

sábado, 19 de dezembro de 2015

TAG: TÁ NA ESTANTE, NÃO LEU? SEU AMIGO ESCOLHEU !

Ainda sobre a TAG.......


Eu havia escolhido um querido amigo para participar dessa TAG, mas quando conversamos, seu blog ainda estava em fase de construção, combinamos então que eu abriria meu blog para que ele pudesse postar sua resenha.
Nesse meio tempo, o blog dele ficou pronto,e logo terá textos incríveis por lá.
Mesmo com o blog pronto, resolvemos manter o primeiro combinado, postarei a resenha aqui no meu blog e ele postará no dele também.
 O blog dele é o RASCUNHOS DO ÓCIO.









Título: O Silêncio das Montanhas
Autor: Khaled Hosseini 
Ano: 2013 
Páginas: 352 
Editora Globo Livros 
Título original: And the mountains echoed, inspirado, segundo o autor, em um poema de William Blake, “Canção da enfermeira”.






              O Silêncio das Montanhas – Uma resenha

O livro começa com uma história fantástica contada por um pai afegão a um casal de filhos seu (havia outros filhos). Tal história, aliás, será de suma importância para entendermos a “arquitetura” elaborada pelo autor. 
Hosseini compõe o enredo contando-nos inicialmente a vida dessa família afegã – os irmãos Abdullah e Pari, aliás, são os personagens centrais do livro –, num Afeganistão pré-invasão soviética, passando pelo levante Talibã, até a entrada das forças aliadas do ocidente entrarem no país. Cabul, a capital, será descrita, em dado momento, como “mil tragédias por quilômetro quadrado”. O texto transpõe 6 décadas e retrata a vida de outras famílias, em diferentes épocas e países, em idas e voltas no tempo, mas que são facilmente apreendidas pelo leitor.
É uma história de separações e encontros, na qual a maioria daquelas vidas, que passamos a conhecer tão bem, estará ligada em algum momento, seja por laços sanguíneos, seja por afinidade, necessidade, ou, simplesmente destino, conforme nos diz maravilhosamente a voz da personagem Nabi: “Uma história é como um trem em movimento: não importa onde embarquemos, cedo ou tarde estaremos fadados a chegar ao nosso destino”.
Pode-se imaginar “O Silêncio das Montanhas” como uma grande trilha de migalhas de pão, formada pelo autor. E ir reconhecendo, a cada novo capítulo, essas “migalhas” é, sem dúvida, um prazer à parte.
Detalhes minuciosamente escondidos para serem expostos em momentos certos nos fazem ficar ansiosos e atentos (na mesma proporção) por novas descobertas.
É um livro que trata, acima de tudo, de esperança, mas é uma esperança, em certa medida, amarga, já que a todo instante nos vemos diante da vertigem do abismo que é a diferença entre o que a vida deveria ser e o que ela realmente é.
Frente a cada decisão de um personagem, com o argumento, diversas vezes, de ter “o dedo cortado, para salvar a mão”, haverá vidas que serão tiradas de seu curso natural. E isso é trabalhado de maneira genial pelo autor, demonstrando que o livre arbítrio é uma liberdade parcial, uma vez que gera reações que fogem das vistas de quem exerce sua vontade.
A consequência disso serão momentos de culpa ou frustrações de alguns personagens, “uma torneira pingando no fundo de sua psique”. Em contrapartida, outros terão a opção de escolher entre a revolta ou a resignação diante dos desígnios de outrem. Escolha essa que dá início a outras reações, num intenso movimento contínuo.
O autor nos traz imagens belíssimas, em metáforas que fazem ora uma analogia, ora um contraste entre o interior dos personagens e o cenário daquele momento.
Outro tema muito interessante trabalhado por Hosseini é o papel do esquecimento para a saúde mental. O que pode ser visto como algo ruim ou um ato de covardia por alguns personagens, por outros poderá também ser percebido como um fator preponderante para suportar/superar muitos desastres no decorrer da vida.
Ao longo da leitura ficamos tentando traçar um paralelo entre o título e o conteúdo do livro... Se colocarmos frente a frente o título original e o título dado pelo tradutor nós podemos entender, desde que não esqueçamos a pequena história contada no primeiro capítulo. Acredite! Você vai entender o porquê!