Comecei ontem à noite a ler o romance da autora Tabitha Suzuma, Proibido, da editora Valentina.
Ela é doce, sensível e extremamente sofrida: tem dezesseis anos, mas a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos azuis.
Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes. Eles são irmão e irmã.
Com extrema sutileza psicológica e sensibilidade poética, cenas de inesquecível beleza visual e diálogos de porte dramatúrgico, Suzuma tece uma tapeçaria visceralmente humana, fazendo pouco a pouco aflorar dos fios simples do quotidiano um assombroso mito eterno em toda a sua riqueza, mistério e profundidade.
A frase da capa já me arrepia e não sai da minha cabeça.
" Como uma coisa tão errada pode parecer tão certa?"
Pronto, já morri ali e estou tentando me lembrar como faz pra respirar.
Já era 1:00 hora (01/08/2015) quando terminei de ler um livro e resolvi pegar pra ler o livro "Proibido".
Logo nas primeiras páginas já me peguei sorrindo pro livro, pros personagens e pra história. Sabe quando tudo vai se misturando, e se mistura tanto que você esquece que tudo aquilo é errado e torce para que dê certo? Então, fiquei com esse sentimento. As 4:00 da manhã, minha cabeça e minha visão que é péssima, já não estavam se entendendo mais e fui dormir. Acordei as 6:30, pensei no livro, voltei a dormir, acordei as 7:30 e novamente pensei no livro. Fiz minhas coisas de casa pensando no livro e como seria o desenrolar da história, estava até um pouco aflita e super curiosa. Final da tarde e com tudo em casa pronto......
Chegou a minha hora, hora de voltar aos meus novos amigos Lochan e Maya.
Pra minha sorte meu filho sabe fazer miojo, de outra forma ele estaria de regime forçado.
Li, sorri, fiquei agoniada, até que por volta das 2:00 da manhã (02/08/2015) o livro naquela agitação, e eu tensa pra caramba acontece o que tanto queria, bati no livro, beijei, abracei com todas as minhas forças e fiquei sorrindo pro teto, com o livro deitado aberto no meu peito e eu abraçadinha a ele, a descarga de emoção e adrenalina foram tão grandes que fechei os olhos e cochilei. Não consegui ler
muito mais que isso e decidi ir dormir.
Acordei umas 7:00 e já olhei pro lado e dei bom dia ao livro, fiz minhas coisas em casa e corri sentar pra ler mais um pouquinho, estou me deliciando aos poucos num misto de vontade de terminar logo e a não vontade de terminar logo, leio um pouco e paro, coloco ele aqui do meu lado e fico só tentando imaginar o que vira ainda. Agora chega de blá blá blá e deixa eu voltar pra leitura.
Agora são 23:14, estou aqui concentrada na leitura e imaginando que o livro já está quase acabando, meio morno por sinal, mas quando faltam 40 páginas para terminar o livro eis que surge algo totalmente novo, eu morri, sim eu morri, parei no exato momento em que me esqueci como respira, olho para o livro e ele me olha, quero saber o que acontece mas não quero que ele acabe. Ai como sofro.
Exatamente às 23:52, terminei.
Estou em estado de choque. Nem nos meus mais profundos pensamentos poderia imaginar que o livro terminaria assim.....
Nota 10
Lido em 2 dias